sexta-feira, 12 de junho de 2009

OUTUBRO, 28 (1915)

Alfonse Daudet e Eça de Queiroz
Ainda dormi como um justo. Fui à cidade esta manhã com a necessidade de cortar o cabelo. Passei na livraria e comprei novos livros para ler, pois esgotei já tudo o que tinha. Como tenha achado barato a encadernação, mandei encadernar 7 volumes a 300 réis cada. Por intermédio da mesma livraria (“Esperança”), pedi de Lisboa a “Coleção Sociológica”. Passei o resto do dia concluindo a leitura do “Imortal”. A obra é simplesmente monstruosa: de um ridículo terrível atirada em cima da Academia Francesa. Pela ironia fina e aguda como um punhal parece com as obras de Eça. É pena que a tradução seja tão indigna. Se depois de acabar a leitura eu tivesse encontrado a tradutora (Dona Maria Velleda) tê-la-ia injuriado de certo, vingado, assim, o ultraje atirado a Daudet e a essa formosa língua portuguesa.

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