domingo, 14 de junho de 2009

SETEMBRO, 23 (1915)

Funchal
Ainda dormi mal. Almocei pouco e escrevi mais cartas, visto que o vapor só sairá amanhã. Fez sol hoje e lindo sol como o do Brasil. A montanha está descoberta, sem uma nuvem e permite que eu a veja, pela primeira vez, em todo o seu esplendor, pois, desde a minha chegada, ela anda sempre coberta de névoas ou varrida pelas nuvens que impedem a perspectiva. Diz o criado do hotel (o João) que ela hoje “está em exposição”. E é precisamente isto. Os criados, às vezes, dizem estas coisas que nós outros, homens de espírito, levaríamos muito tempo para exprimir com propriedade e justeza. O resto do dia foi completamente desinteressante.

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